“Tendo ele saído para se pôr a caminho, veio alguém correndo e, dobrando os joelhos diante dele, suplicou-lhe: “Bom Mestre, que farei para alcançara vida eterna. Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: “Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me. Ele entristeceu-se com estas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos bens” (Mc 10,17;21-22).
O bacana deste Evangelho é que Jesus se pôs a caminho. Ele saiu na frente para o encontro com aquele jovem. A própria Palavra diz que o jovem foi correndo ao encontro de Cristo; e quando chegou perto d’Ele, dobrou-se cansado, pois o Senhor já o esperava.
Não importa como você está, o importante é que você chegue até o Senhor, porque na vida é assim, nós chegamos a Ele de diferentes formas – cansado, machucado, ferido –, mas Ele está esperando por nós. Alguma vez você já chegou para Jesus e Lhe disse: “Senhor, cansei; não aguento mais!?”. Jesus não se importa se você está cansado, destruído; Deus, em sua Palavra, nos diz: “Vinde a mim todos os que estão cansados”.
O jovem do Evangelho, então, pergunta a Jesus: “Bom mestre, o que devo fazer para mudar a minha vida?”
Eu não quero que a minha vida seja igual a tudo que se vê. Não quero a minha vida com o rosto pintado, roupas pretas…Isso é uma cultura de morte, cujos jovens estão se perdendo na bebida, nas drogas. Você não pode deixar isso acontecer com a sua vida.
É possível ser santo sem deixar de ser jovem. Mas, no mundo de hoje, você começa a namorar e, já no primeiro encontro, rola tudo. Você vai ficando, vai ficando… Muitos ficam com você, mas quem permaneceu ao seu lado, quem se interessou por seus sonhos? Beijo na boca é bom demais, mas a plenitude é saber que alguém o espera. O amor vale muito; você vale muito.
Há uma música que diz “Você não vale nada, mas eu gosto de você”. Meu Deus, quanta hipocrisia! Nós valemos muito sim, valemos o sangue de Jesus.
Na década de 90, surgiram muitas músicas que mandavam você descer na “boquinha da garrafa”; depois, a chamar você de “cachorra”, “eguinha pocotó”, “popozuda”… Isso foi caindo até que surgiu o “créu”. E muitas pessoas conviveram com essas músicas e acharam que estavam abafando. Um tempo depois, os jovens passaram a fazer parte da geração das frutas. Deixaram de ser filhos de Deus para ser filhos do morango, da melancia, da jaca… E muitos realmente colocaram os “pés na jaca”.
Nós precisamos pegar a nossa vida pelas mãos. Há pessoas que escolhem ser “jaca”, “melancia”, ser “eguinha pocotó”, mas precisamos escolher ser “filhos do céu”, fazer parte de uma geração revolucionária, fazer bem todas as coisas, saber o que queremos da vida.
Chega de uma juventude doente. Você já percebeu como cada vez mais os jovens estão usando antidepressivos, drogas, tentando encontrar o sentido para suas vidas? Mas eu quero dizer a vocês que o sentido da vida é Jesus Cristo.
Mesmo que você tenho vivido como um fruta, o Senhor, hoje, está amando-o, porque ele sabe que você é filho do céu. Deus não o condena, ele olha para você e o ama, porque você nasceu para dar certo, para provovar a revolução. Você vai mudar o mundo, mesmo que isto comece por este grande mundo que é você, cujas partes precisam ser evangelizadas. Mas, depois, você vai mudar este outro mundo que está a sua volta.
O interessante é que Jesus diz ao jovem rico: “Vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me” (Mc 10, 21). É interessante perceber que o Senhor mandou que ele vendesse tudo para que soubesse quanto valiam seus bens.
Nós temos muito valor e precisamos entender que o valor da nossa vida é o Sangue de Jesus. Quem quer “o mais” de Deus? Então, pare e pense no que você tem de bom e eleve-o. Santidade se faz assim, colocando valor naquilo que temos e naquilo que somos. Se alguém diz que você não vale nada, eu quero lhe dizer que você vale muito: vale o Sangue de Jesus! Você é importante demais para deixar a vida o levar. É você quem vai fazer a vida diferente. Quero profetizar que você nasceu para dar certo.
Pense nas vezes em que você correu para Jesus. Não importa o que você trouxe na sua mochila; agora você chegou. É possível optar por um caminho de santidade. Um exemplo é o beato Pier Giorgio Frassati, um jovem revolucionário que teve uma vida santa.
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